Desperto em azul
Entre incenso e alfazema
Junho chegou do sul
Tornou a cidade um poema
Trazia histórias, sedas e carnavais
Ao longo da avenida giram astros
Digo adeus, meu amor meu cais
Sigo o sol que me vive
Chego hoje ao meu porto livre
Porque no vento tenho tudo
Balanço ao ritmo do mundo
Sigo o sol que me vive
Porque no vento tenho tudo
Balanço ao ritmo do mundo
Perto lembro o mar
Por onde vejo o sol nascente
Vou hoje navegar
No atlântico bairro oriente
Levo os mitos, as luas e o arcano
Suspiro o sonho que fez minha gente
Voltarei no fim do ano!
E lembro o verso que em mim soa
Porque terei sempre Lisboa
E a vida num segundo
Balança ao ritmo do mundo
Sigo o sol que me vive
Chego hoje ao meu porto livre
Porque no vento tenho tudo
Balanço ao ritmo do mundo