Antigamente
(Refrão) Eu dei, eu dei, eu dei, eu dei;
Eu dei um nó no rami do berimbau;(Refrão)
(Refrão)
Que eu sou do tempo;
Que dobrão era dinheiro;
E com uma pedra;
Se tocava berimbau;
E a alegria do negro acorrentado;
Era só a capoeira;
Depois do carnaval;
(Refrão)
Mudaram mesmo até o nome;
Dos santos pra esconder;
A verdade do senhor;
Corpo fechado era chamado feitiço;
Diziam pára com isso;
Que lá vem o feitor;
(Refrão)
Ainda me lembro;
Quando alguém tava doente;
Não tinha médico;
Só um velho rezador;
Ia pro mato, trazia raiz de pau;
O doente levantava;
Sem precisar de doutor;
(Refrão)
Já não se faz mais como antigamente;
Houve a queda das correntes;
Mas de pouco adiantou;
Mas foi Zumbi;
No Quilombo dos Palmares;
Grande a sua valentia;
Que seu povo libertou;
(Refrão)
Respeite o Tempo
(Refrão)Tu não sabe andar;
Já quer correr;
Cuidado moço pro mundo não lhe bater;(Refrão)
(Refrão)
Eu nunca vi dá rasteira;
Sem ginga, sem base boa;
Só com muito treinamento;
Pra não dar o golpe à toa;
(Refrão)
Quem tem telhado de vidro;
Não joga pedra pro ar;
Pedra em cachorro morto;
Nunca vi ninguém jogar;
(Refrão)
Vê você a capoeira;
Que sempre nos aceitou;
Não importa meus defeitos;
Nunca me diz não senhor;
(Refrão)
Os bambas da capoeira;
Começaram no ABC;
Mas sempre com a consciência;
Que ainda tem o que aprender;
(Refrão)
O calado é vencedor;
Perguntar nunca é demais;
Humildade não é talento;
Pra quem quer viver em paz;
(Refrão)
Afobado como quente;
Diz o dito popular;
Eu digo na capoeira;
Que um dia eu chego lá;
(Refrão)